1 – Introdução
A partir do ano 2001, a preocupação ambiental (que já era significativa no final do século passado) se tornou um tema onipresente em qualquer comunicação pública e empresarial. Basta constatar a enorme pressão que é feita nos negócios para aderirem aos conceitos ESG (Environmental, Social and Governance). Fazendo parte desta fortíssima tendência, a transição energética é um tema cada vez mais relevante em todo o mundo, especialmente diante das mudanças climáticas. Essa transição envolve a substituição de fontes de energia não sustentáveis por alternativas mais amigáveis ao meio ambiente.
2 – O Que é Transição Energética?
Desde os primórdios da civilização humana, passamos por diferentes formas de transição energética. Seja ela impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças nas fontes de energia ou evolução social, a forma como controlamos e consumimos energia é fundamental para o desenvolvimento de uma comunidade ou região.
Atualmente, quando falamos de transição energética, estamos nos referindo à mudança de uma matriz de fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis (como petróleo, gás natural e carvão) para fontes renováveis (como solar, água, vento e biomassa), essenciais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (efeito ambiental) e promover um desenvolvimento econômico e social justo, promovendo um futuro mais sustentável.
3 – O Papel do Brasil na Transição Energética
O Ministério de Minas e Energia (MME) lidera a Política Nacional de Transição Energética no Brasil. Seu objetivo é impulsionar o país para um novo patamar global em termos de fontes renováveis de energia. O Brasil já é um protagonista mundial na área de energias renováveis. Atualmente, cerca de 48% da energia consumida no país provém de fontes renováveis, superando a média mundial de 15%. No entanto, ainda há um grande potencial a ser explorado em recursos hídricos, energia solar e eólica.
Vale destacar que o Brasil está na vanguarda do mundo na produção limpa de eletricidade, já que os dados de 2023 indicam que 88% da energia elétrica nacional provem de fontes limpas. Temos que nos orgulhar disso e espantar o antigo e pejorativo complexo de vira-lata (Nelson Rodrigues, década de 1950). Sugiro assistir um vídeo muito bom: 93° EM Webinar – FUTURO DA ENERGIA: Transição energética na indústria e na mobilidade. Duração: 1h40min Link: https://www.youtube.com/watch?v=1wGjv6kb69g que foi transmitido em 18/06/2024 às 18:00h.
4 – Desafios e Oportunidades
A transição energética enfrenta desafios complexos. É necessário conciliar geração de empregos, combate às desigualdades, melhoria da qualidade de vida, preservação ambiental e reindustrialização. Setores como indústria e transporte desempenham um papel crucial nesse processo. Cerca de dois terços de toda a energia consumida no Brasil estão relacionados a esses segmentos. A política de transição busca ampliar o uso de eletricidade renovável e reduzir a pegada de carbono desses setores.
Em todos os cenários estudados, fica evidente que a matriz energética brasileira caminhará rumo a uma redução significativa no uso de combustíveis fósseis e a uma maior adoção de fontes renováveis até 2050. Essa jornada é desafiadora, mas também oferece oportunidades para um futuro mais limpo e sustentável. Portanto, a transição energética no Brasil é uma jornada que envolve todos nós. Ao adotarmos fontes renováveis e promovermos práticas mais sustentáveis, contribuímos para um planeta mais saudável e resiliente.
